Educação Bilíngue: A História da Libras nas Escolas

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Adriana Aguiar Gomes

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Educação Bilíngue: A História da Libras nas Escolas

📚 Introdução

A presença da Libras nas escolas brasileiras é resultado de uma trajetória marcada por resistência, mobilização e avanços legais. A educação bilíngue — que valoriza tanto a Libras quanto a língua portuguesa — é mais do que uma metodologia: é um direito linguístico e cultural da comunidade surda.

🕰️ Marcos históricos e legais

  • 1855: O professor surdo francês Ernest Huet apresenta ao imperador Dom Pedro II um projeto para a criação de uma escola para surdos, dando origem ao INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos).
  • 2002: A Lei nº 10.436 reconhece oficialmente a Libras como meio legal de comunicação e expressão no Brasil.
  • 2005: O Decreto nº 5.626 regulamenta o ensino da Libras, determina sua inclusão na formação de professores e estabelece diretrizes para a atuação de intérpretes educacionais.

Esses marcos abriram caminho para a implementação da educação bilíngue em instituições públicas e privadas, com foco na valorização da Libras como primeira língua dos alunos surdos.

🧑‍🏫 O papel dos professores bilíngues

A educação bilíngue exige profissionais capacitados para ensinar em Libras e português escrito. Os professores bilíngues são essenciais para garantir que o aluno surdo tenha acesso ao conteúdo escolar de forma plena e respeitosa.

Além disso, a presença de intérpretes de Libras em sala de aula amplia a inclusão e permite que alunos ouvintes também aprendam a conviver com a diversidade linguística.

🏫 Escolas bilíngues: avanços e desafios

O Brasil conta com escolas bilíngues para surdos, como o próprio INES no Rio de Janeiro, referência nacional na área. No entanto, a implementação da educação bilíngue em escolas regulares ainda enfrenta desafios como:

  • formação adequada de professores;
  • produção de materiais didáticos acessíveis;
  • políticas públicas consistentes e contínuas.

💙 Reflexão pessoal

Como educadora e defensora da acessibilidade comunicacional, vejo na educação bilíngue uma ponte entre mundos. Quando uma criança surda aprende em sua língua natural — a Libras — ela não apenas compreende o conteúdo, mas também se reconhece como sujeito de direitos.

A escola precisa ser um espaço onde todas as vozes — inclusive as que se expressam pelas mãos — sejam ouvidas e valorizadas.

📣 Convite à ação

Se você é professor, gestor ou familiar de uma criança surda, que tal conhecer mais sobre a educação bilíngue?
Incentive o ensino de Libras, participe de formações e ajude a construir uma escola mais inclusiva!

👉 Cada sinal ensinado é uma porta aberta para o respeito e a empatia!